Ninguém pode negar que 2020 ficará marcado na história como um dos anos mais desafiadores do século XXI.
A pandemia do corona vírus provocou perdas irreparáveis e deixou cicatrizes profundas em nossos corações.
Contudo, foi também uma fase de grandes transformações em diversas áreas. Avanços valiosos no campo científico, novas formas de sociabilidade e trabalho surgiram tudo como uma tentativa de superar esse momento pandêmico.
E quanto às mídias sociais, foi possível observar que o uso consciente e responsável pode ser agente de mudanças bastante significativas.
Mas já no terceiro trimestre percebemos que todo aquele frenesi inicial começou a se acalmar e as pessoas cansaram da atenção full time no digital…. Começamos a nos dedicar mais a conteúdos, posicionamentos e práticas que fizessem sentido para nós.
Com isso, despertamos para o que realmente importa: Debates acerca da igualdade, equidade e inclusão vieram à tona como um grito preso na garganta. A privacidade entra na pauta como um direito essencial de liberdade. Sustentabilidade, autocuidado e necessidade de desacelerar são temas constantes em eventos, materiais, artigos.
Era um sinal do que não poderia mais ser adiado e tinha o potencial para se estabelecer no futuro próximo.
Por isso, neste artigo procuro trazer as principais Tendências de Marketing Digital para 2021, com base nessas percepções. É preciso nos atualizar acerca do contexto em que estamos inseridos e usar as mídias digitais ao nosso favor.
1. Transmissões ao vivo e a valorização das interações em tempo real
Que 2020 foi o ano das lives, isso você já deve saber. Por conta do isolamento as pessoas têm buscado um contato mais próximo e interações mais humanas.
Pelo menos é isso o que aponta a pesquisa Business Insider: as lives cresceram 70% no período de isolamento, o que mostra que as experiências em tempo real vieram para ficar. Na Black Friday vimos diversas marcas fazendo shopstreming (venda de produtos por meio de ventos online e ao vivo) e isso promete ser uma forte tendência este ano.
A pergunta que fica é: como nós profissionais de Biblio podemos levar essa experiência aos nossos usuários? E se você sente uma certa insegurança para realizar eventos online, dá uma olhada neste artigo da Rock Content que tem muita dica valiosa!
2. Pesquisa por voz e aumento do uso de assistentes virtuais
Se prepare porque esse ano vai ser marcado pela popularização das Assistentes Virtuais!
Isso porque as pesquisas por voz aumentaram bastante durante a pandemia e muito se deve ao crescimento de 47% do uso dessa tecnologia.
Alexa, Siri, e Google Asssistente que o digam! Com a tecnologia 5G vindo em um futuro não tão distante (espero rs), assistentes virtuais serão indispensáveis para tornar possível a internet das coisas.
É possível fazer diversos tipos de atividades como ouvir música, fazer listas de tarefas, pesquisar por algum assunto, efetuar pagamentos e muito mais – isso tudo sem ter que apertar nenhum botão.
E antes de você achar que isso é conforto ou comodismo, pense em como as pessoas portadoras de necessidades especiais, dislexia ou analfabetismo podem usufruir desses benefícios!
Já no que diz respeito à criação de conteúdo, é super importante pensarmos nas palavras-chave que usamos, pois a linguagem natural e humana deve ser priorizada, em vez de termos mais restritos.
3. A era do Slow Content
Chegou a hora de desacelerar, migles! Se antes a pauta do dia era criar conteúdos como se não houvesse amanhã, em 2021 a palavra de ordem é qualidade.
Bons conteúdos precisam de planejamento, pesquisa, estratégia e métricas. Prefira postar conteúdos com propósito a ficar vivendo de post aleatório.
Além disso, sabemos o quanto pode ser frustrante ver que diversos creators posam de super produtivos, mas o que a Globo não mostra é que essas pessoas têm sim uma equipe por trás para apoiar.
Mesmo quem trabalha como EUquipe precisa parar e refletir sobre seus limites. Não há nada de errado em diminuir o ritmo.
Lembre-se de que conta bancária cheia não traz sua saúde de volta! Cuide-se em primeiro lugar.
4. Curadoria para o que importa
Olha eu aqui de novo, trazendo a palavra da curadoria até você! Isso porque ficou mais do que provado que depois dessa explosão de conteúdos (muitos inúteis e duvidosos, diga-se de passagem), as pessoas querem ter uma fonte segura e em quem confiar.
E essa é uma estratégia muito boa tanto para quem já tem uma certa visibilidade, como quem está começando agora a criar conteúdo para a sua marca ou biblioteca.
Seja por meio de newsletter, coleções na aba guias do Instagram ou listas de vídeos no youtube, procure fazer uma seleção dos melhores conteúdos que possam atender a demanda do seu público.
Nesse post eu ensino a como utilizar os critérios de seleção do Vergueiro para fazer uma boa curadoria de conteúdos no Instagram.
5. Nanoinfluência e Conteúdo Gerado pelo Usuário (UGC)
A primeira vez que eu falei sobre Nanoinfluência foi em julho de 2020. De lá para cá, as parcerias de marcas com creators que possuem uma audiência considerada pequena, mas muito fiel, têm só aumentado.
E é muito fácil encontrar nanoinfluenciadores: basta você prestar atenção na sua própria audiência! E é aí que entre o conceito de User Generated Content – em português Conteúdo Gerado pelo Usuário.
As pessoas que mais interagem, que geram conteúdos sobre o seu trabalho, seja por meio de posts, depoimentos ou até mesmo de um simples story têm um grande potencial para se tornarem embaixadoras da sua marca ou da sua biblioteca.
São elas que têm o poder de influenciar outras pessoas a buscarem mais os seus serviços e aquilo que você pode oferecer, pois nós confiamos mais em quem é proximo do que em influenciadores com status inalcançável
Por isso, busque incentivar esse tipo de engajamento no seu público e faça mais parcerias com quem se destaca e dedica conteúdos par divulgar o seu trabalho.
Espero que você tenha gostado dessas dicas e que faça um bom proveito para otimizar a sua estratégias nas mídias sociais.
Um abraço e até breve, migles 🙂