Essa é a Rafaella, minha melhor amiga. A Rafa é solteira, tem 32 anos e é uma pessoa super inteligente, antenada e divertida.
Ela também é bibliotecária, se formou há 4 anos pela UNIRIO e hoje trabalha na biblioteca de uma escola particular.
Apesar de todas as dificuldades que encontra, a Rafa ama o seu trabalho!
Ser bibliotecária para ela é uma questão de orgulho, porque entende a importância que tem a sua profissão, principalmente nos dias de hoje, com tanta desinformação e fake news para todos os lados.
Porém, a Rafa anda meio desanimada com o cenário atual, com a desvalorização do bibliotecário e com a invisibilidade que ela mesma sofre, não só no mercado, mas também dentro da instituição em que ela trabalha.
A Rafa não se conforma com essa situação e gostaria muito de fazer algo pela Biblioteconomia, porque entende que os órgãos representativos não conseguem dar conta de toda demanda. Ela simplesmente sabe que precisa fazer a sua parte, só ainda não descobriu como…
A Rafa é a minha persona.
E esse é o tema da nossa terceira aula de Marketing Digital para Bibliotecas e Bibliotecários!
Definir a persona é essencial para tornar mais eficaz a sua estratégia de marketing digital, tema abordado nas aulas anteriores.
Se você ainda não conferiu a primeira e a segunda aula, corre no nosso canal do youtube, porque assim fica mais fácil compreender a importância do processo de construção de persona.
Então vamos começar?
O QUE É PERSONA?
Persona é literalmente um personagem fictício do cliente-usuário ideal de um negócio, projeto ou, no nosso caso, de uma biblioteca.
E esse personagem é construído com base em dados reais sobre os aspectos demográficos e comportamentais do seu público, como também desejos, aspirações, necessidades e desafios.
Tudo isso para atender a um propósito específico dentro da sua estratégia de marketing digital.
Agora você deve estar se perguntando: qual a importância da persona no processo de criação de conteúdo?
Os motivos são vários e aqui estão só alguns, dá só uma olhada:
- Garantir uma comunicação mais assertiva, para conseguir enviar a mensagem certa para as pessoas certas;
- Aumentar as chances de engajamento e conversão;
- Identificar o tipo de conteúdo que você precisa produzir para atingir seus objetivos;
- Saber qual tom de voz e estilo de comunicação usar;
- Entender como o seu público busca e consome informação;
- Definir quais assuntos serão de mais interesse para a sua audiência.
Mas será que persona e público-alvo são a mesma coisa?
PERSONA X PÚBLICO-ALVO
Muita gente confunde esses dois termos e isso se deve ao fato de que os processos de descoberta, tanto do público-alvo quanto da persona, são muito parecidos.
Porém, enquanto o público-alvo é um estudo mais abrangente, com dados demográficos e estatísticos, a persona se constitui de uma representação mais humanizada desse público.
Para a construção da persona é necessário ir além do que só identificar o público-alvo, o que não significa que essa análise deve ser deixada de lado. Na verdade, esses dois estudos se complementam na hora de definir a sua persona.
Além disso, é importante falar que, dependendo do caso, será preciso definir mais de uma persona.
Um exemplo disso é o caso das Bibliotecas Universitárias. Nesse tipo de biblioteca, é possível identificar pelo menos 4 tipos de usuários:
- o aluno da graduação;
- o aluno da pós-graduação;
- o docente;
- o funcionário da própria instituição.
Cada um desses tipos de usuários tem não só demandas diferentes, mas também graus de necessidades, rotinas acadêmicas e pessoais bem peculiares.
Por isso, é interessante ter uma persona para representar cada um deles.
No entanto, só é válido definir mais de uma persona quando se tem um projeto muito abrangente ou um público bastante diversificado.
O QUE É PRECISO SABER PARA DEFINIR A SUA PERSONA?
Agora que já sabemos sobre a importância de definir a sua persona, é preciso entender quais informações você precisa coletar, que te ajudarão nesse processo.
Além dos dados demográficos, ao construir a persona é necessário ir a fundo em questões sobre o perfil comportamental, bem como os principais anseios, demandas e desafios do seu público-usuário.
E a melhor forma de descobrir isso é perguntando diretamente a essas pessoas!
Aqui estão alguns aspectos que podem direcionar a sua investigação:
- Idade;
- Profissão;
- Desejos (pessoais, profissionais etc);
- Frustrações;
- Obstáculos;
- Hábitos;
- Estilo de vida;
- Hobbies;
- Perfil de consumo informacional;
- Influências;
- (entre outros…)
Essas informações podem ser coletadas através de questionários simples, presencial ou online, bem como por meio de entrevistas diretas.
Mas uma forma de acompanhar essas informações no dia-a-dia é analisando as conversas que você mantém com a audiência, por meio dos comentários e mensagens, por exemplo.
Lembre-se que quanto mais você se relaciona e dialoga com a sua audiência, mais você conhece e consegue identificar as suas reais necessidades.
E o mais importante: isso vai te ajudar a produzir um conteúdo mais assertivo, porém esse assunto vai ficar para a próxima aula!
Um abraço e até breve, migles!